Classificada como Monumento Nacional desde 1910, a Domus Municipalis é um raro exemplar da arquitetura românica civil.

O edifício teve a dupla função de cisterna e sede das reuniões municipais. A cisterna, subterrânea, possui uma abóbada em berço reforçada por dois arcos torais e o corpo superior, rasgado por arcaria, formando uma galeria ampla onde se discutiam os assuntos da municipalidade.

Sob a cornija corre uma cachorrada com motivos românicos tardios. Sem consenso entre os especialistas, a construção do edifício terá ocorrido entre os séculos XII e XV.

Inserida no Parque Natural de Montesinho, atravessada pela fronteira com Espanha, caracteriza-se pelas casas típicas serranas em xisto de varandas alpendradas, que enquadram a paisagem, atravessada pelo rio.

Rio de Onor é ainda uma aldeia comunitária: partilha fornos, terrenos, onde todos devem trabalhar e um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários.

A fronteira internacional que atravessa a aldeia divide-a em duas partes, conhecidas como "povo de cima" (Rihonor de Castilla) e "povo de baixo" (Rio de Onor).

Os caretos saem à rua no domingo gordo para festejar o encerramento do Inverno, numa manifestação de carácter pagão, e na terça-feira seguinte, para celebrar a data cristã que antecede a Quaresma.

Saúda-se a chegada da Primavera, o início do período das sementeiras, a irreverência da terra.

Ao chocalhar as raparigas solteiras, estabelece-se essa analogia com a fertilidade dos campos, as cores vivas e os sons de pássaros.

O Entrudo Chocalheiro, considerado o Carnaval mais genuíno de Portugal, realiza-se na aldeia de Podence, estando classificado como Património Imaterial da Humanidade pela Unesco.

 Fundação INATEL apoia este evento, que decorre de domingo a terça-feira de Carnaval, todos os anos.