Coimbra foi a capital de Portugal até 1255. Foi berço de nascimento de seis reis da Primeira Dinastia e aqui foi erigido o primeiro Panteão Nacional – o Mosteiro de Santa Cruz –, que conserva os restos mortais dos dois primeiros reis de Portugal.

A sua multiculturalidade é notória em todo o seu riquíssimo património histórico. Cidade de declives e ruas estreitas, pátios, calçadas empedradas e arcos medievais, é atravessada pelo maior rio nascido em Portugal, o rio Mondego, e beneficia da sua posição geográfica no centro de Portugal continental, entre as cidades de Lisboa e do Porto.

 Em 2013, a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, foi declarada Património Mundial pela UNESCO.

A Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da Europa. Fundada em 1290 como Estudo Geral Português, pelo rei D. Dinis, na altura em Lisboa, foi alternando intermitentemente a sua fixação em Coimbra, implementando-se definitivamente, em 1537, nesta cidade, banhada pelo rio Mondego.

Coimbra, uma das mais emblemáticas cidades universitárias do mundo, conta na sua história recente o importante papel de defesa dos valores da liberdade e Democracia frente à ditadura do Estado Novo.

Hoje atrai estudantes de todas as nacionalidades e é procurada por turistas oriundos de todos os continentes.

A canção de Coimbra, e nela o Fado de Coimbra, é uma expressão musical única no mundo. Apogeu da tradição dos estudantes da Universidade, quem o canta e toca tem de envergar a capa negra, que deve estar traçada. As suas letras evocam sobretudo o amor e a saudade por uma mulher, pela cidade e pela Academia. Desde o séc. XVI que o cantar de estudantes nas ruas de Coimbra é conhecido, sendo, na sua essência, um fado de serenata, um fado de rua, com letras e músicas, não só de raiz popular, mas também de origem erudita.

Guitarra de Coimbra é diferente da de Lisboa. A sua caixa é maior, é afinada num tom abaixo e a sua voluta tem a forma de lágrima. Com os tempos, este género musical foi sofrendo algumas alterações, dando origem ao Canto e à Canção de Coimbra que a cidade, a sua Universidade e as suas gentes, vão orgulhosamente recriando, respeitando a sua essência e a sua génese.